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Projetos realizados

Conteúdo jornalístico produzido desde 2016

CÂNCER DE MAMA: ANOS DEPOIS

2018

Há quem diga que as maiores batalhas são destinadas para os melhores soldados. Nesse caso, soldadas. Moradoras do Distrito Federal diagnosticadas com a patologia não perderam a fé nem se deixaram ser vencidas. Decidiram levantar a cabeça, percorrer todas as etapas e lutar para voltar à rotina que tinham antes. São depoimentos de resiliência, força e esperança que servem de inspiração para outras tantas guerreiras que passam pela mesma situação.

APLICATIVOS CONTRA O AEDES AEGYPTI

7 de agosto de 2017

Que tal utilizar seu smartphone para monitorar o Aedes aegypti? Isso é possível através dos aplicativos Mosquito Zero e Caça mosquito, que mapeiam zonas com focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da Dengue, da febre Chikungunya e do vírus Zika. Conheça como cada um deles atua na vigilância em saúde. 


Mosquito Zero

O aplicativo oferece dois serviços: a identificação dos sintomas das arboviroses e o mapeamento de locais infestados pelo mosquito.

Para utilizar, é necessário fazer um cadastro com os dados pessoais, condições sanitárias do local e sinalizar quais dos 15 sintomas (dores de cabeça e no corpo, febre, diarreia) disponíveis para a marcação e característicos das arboviroses são encontrados naquele espaço. Os dados são enviados para o sistema de gestão que calcula a probabilidade da patologia suspeita. Caso a tecnologia aponte para Zika vírus em grávidas ou febre amarela, o sistema alerta, pelo celular, a vigilância epidemiológica, que oferece as informações para que o cidadão tome as medidas necessárias para tratamento. 

O usuário também pode tirar foto de um local suspeito e classifica-lo como terreno baldio, residência entre outras opções disponíveis.

Existe uma priorização para atender as demandas e a forma como o Mosquito Zero que tem mais de mil downloads funciona é estratégica, uma tríade entre a população, os profissionais de saúde e os gestores dos órgãos públicos, como a vigilância epidemiológica e a sanitária.

A utilização de drones está sendo testada para implementação ainda este ano, quando a identificação de foco for em local inacessível pelos agentes e também para disparar um componente larvicida biológico. 

O Mosquito Zero é um projeto em desenvolvimento desde 2013 e lançado em setembro do ano passado. A expectativa para apresentação na Feira de Soluções em Saúde é grande. “Vamos mobilizar a população e ampliar seu olhar para que ela tenha conhecimento das arboviroses”, afirma o agente de pesquisa e desenvolvimento de processos da Secretaria Municipal de Saúde da Bahia, Alex Sandro, responsável pelo desenvolvimento do aplicativo, em parceria com o Centro de Integração, Inclusão e Promoção Social-CIPS.


Caça Mosquito 

O aplicativo Caça Mosquito surgiu com a identificação da necessidade de uma nova abordagem para o Aedes aegypti, ir além das campanhas publicitárias e mobilização com agentes em campo para o mapeamento e combate dos focos. 

A tecnologia foi lançada pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, em janeiro do ano passado, com parceria da Companhia de Processamento de Dados do Estado da Bahia, que faz toda a manutenção do produto. 
Por meio do programa, é possível mapear via GPS locais com suspeita de criadouros do mosquito. As informações prestadas, as fotos e as localizações, são direcionadas para os órgãos governamentais competentes, assim eles tomam as devidas providências para eliminação do foco. A tecnologia tem mais de 40 mil downloads e foi desenvolvida pela Secretaria de Saúde da Bahia. 

Ambos aplicativos podem ser baixados gratuitamente no celular e serão apresentados na Feira Soluções para a Saúde- Zika que será realizada nos dias 8, 9 e 10 de agosto, em Salvador, Bahia.

OFICINA DE ADEQUADORES POSTURAIS NA FEIRA DE SOLUÇÕES PARA A SAÚDE – ZIKA

27 de junho de 2017

Uma das iniciativas que estará na Feira Soluções para a Saúde- Zika é uma Oficina para produção de adequadores posturais de baixo custo, cadeirinhas de papelão destinadas a crianças com algum atraso no desenvolvimento, o que as deixa a maior parte do tempo sentadas nesta fase da vida. A atividade tem por objetivo ensinar os responsáveis pelas crianças a confeccionarem as cadeirinhas para que elas tenham postura mais adequada. 

A cadeirinha pode ser utilizada por crianças de quatro meses até os dez anos de idade, dependendo do seu tamanho e peso. Além do melhor posicionamento da criança permitir maior participação nas atividades de vida diária, com o uso da cadeirinha há maior aproveitamento escolar e fortalecimento das habilidades cognitivas (atenção, memória e linguagem).

Quem coordenará a oficina é a fisioterapeuta Dafne Herrero. Em 2005, ela aprendeu a confeccionar os adequadores de papelão como voluntária na Associação Brasileira de Assistência à Pessoa com Deficiência Visual- LARAMARA. Desde então, periodicamente ela realiza essas oficinas a convite de instituições públicas e privadas pelo Brasil. 

A cada oficina, todo o material para a produção das cadeirinhas é arrecadado previamente pelos organizadores e instituições parceiras, sem qualquer custo para as famílias das crianças. Em São Paulo, por exemplo, a empresa Fernandes, de um ex-paciente de Dafne, faz a doação do papelão faz mais de dez anos. Cola branca, fita adesiva, cabo de vassoura e boia espaguete também são materiais utilizados. O tempo de validade da cadeirinha é de um ano e se necessário, com o crescimento da criança, pode-se confeccionar outra cadeirinha.

A Oficina tem duração de 20 horas e ao final, os participantes poderão levar para casa as cadeirinhas produzidas por eles.  “Quem participar da oficina vai conseguir multiplicar a ideia e os benefícios que a adequação postural traz para a criança, esse é o grande encantamento da oficina”, afirma Dafne, que é formada há 13 anos e trabalha em uma clínica de fisioterapia em São Paulo – SP. Ela é responsável pelo projeto Fome de Ajudar, que desde 2014 realiza não só as oficinas, mas também palestras em escolas sobre estratégias de inclusão escolar, atendimento gratuito a crianças de baixa renda, e aulas em troca de latas de leite que são doadas para o Ambulatório de prematuros da Universidade Federal de São Paulo  e para o Hospital Infantil Darcy Vargas.

A Oficina de Produção de Adequadores Posturais é parte da programação da Feira de Soluções para a Saúde – Zika, que será realizada de 8 a 10 de agosto no Cimatec em Salvador, BA. Clique aqui  para conhecer o site da Feira, que traz as experiências já cadastradas e fazer sua inscrição.

PESQUISA COM GESTORES MUNICIPAIS DA SAÚDE É APRESENTADA NA FIOCRUZ BRASÍLIA

30 de março de 2017

O professor da Universidade Federal da Paraíba, André Bonifácio, se reuniu no dia 29/03 com o Serviço de Administração (SEAD) da Fiocruz Brasília e membros do Ministério da Saúde para apresentar os resultados da pesquisa feita com gestores municipais de saúde do ciclo 2013-2016.
A apresentação da pesquisa visa aprimorar a execução do projeto “Capacitação em Contratualização de Desempenho Institucional no SUS” desenvolvido pela SEAD da Fiocruz Brasília em parceria com o Ministério da Saúde. Esse projeto vai aprimorar a gestão de contratos com entidades públicas e privadas para gestores e servidores públicos do SUS.
A pesquisa realizada pelo ex-secretário da Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa foi feita por meio da aplicação de questionário para os secretários de saúde de 766 municípios brasileiros e maior participação da região Nordeste, seguida do Centro-Oeste e Sul. As principais dificuldades relatadas pelos gestores de saúde foram o processo de planejamento em saúde, a ampliação de recursos financeiros, o relacionamento com o Ministério da Saúde, e a garantia de remédios e equipamentos para alta complexidade, entre outros.
Durante a atividade, foi apresentado e aprimorado o questionário do projeto da SEAD, que será aplicado em diferentes municípios brasileiros. Após a aplicação do questionário, está prevista a realização de curso de especialização à distância abordando os modelos de contratualização, governança do SUS, papel dos órgãos de controle interno e externo, e outros conteúdos.

Matéria disponível no site da Fiocruz.

CAPÍTULO DO LIVRO "SÍRIOS EM BRASÍLIA E SUAS HISTÓRIAS"- PARA NÃO SERVIR AO EXÉRCITO

2017

A entrevista foi feita em um local bem calmo e de ar puro. No Parque da Cidade o sírio Ahmed All Hraki de 30 anos mostrou-se bem à vontade ao falar da sua saída da Síria até a permanência em Brasília. Uma equipe de quatro pessoas incluindo repórteres e fotógrafo acompanharam o momento. O personagem estava um pouco inseguro ao divulgar o seu nome, pois segundo ele “eu não queria que meu nome aparecesse porque quando a TV vem me procurar sempre querem falar do lado sofrido dos sírios no Brasil, com pessoas chorando e tudo mais. Como para vocês é um trabalho para a universidade, não vejo problema nenhum”.

Ele começa a história assim: “chorei igual uma criança, nem eu mesmo acreditei que estava chorando desse jeito”. Foi com esta comoção que ele se despediu de sua família e amigos, rumo à Turquia. Era dezembro de 2014 que já tinha iniciado a guerra civil na Síria. Guerra iniciada em 2011 contra o governo ditatorial de Bassel AlAssad. Ahmed All conta que quem controla tudo é o Irã juntamente com a Rússia e que o ditador fica “sentado no trono”, ironiza o sírio.

Na Síria ele trabalhava com emissões de passaporte, não foi complicado na hora de ter que sair do país, do qual saiu por vontade própria e legalmente. O personagem foi à Turquia, pois lá a cultura era bem parecida com a de seu país de origem, “parece com a Síria apesar de ser mais desenvolvida, com boa economia e o país tem jeito de europeu. Tinha cerca de meio milhão de sírios em Istambul”. Mas infelizmente ficou lá por pouco tempo, apenas três meses, tempo curto, mas que deixou saudade. Teve sorte ao regularizar a situação e trabalhar nos melhores lugares do país.     

Depois destes três meses na Turquia, Ahmed partiu em direção ao Brasil, sem conhecer ninguém, sem parentes e amigos, país que antes de ir tinha feito pesquisas para embarcar no novo território. “Eu não sabia que viria para o Brasil”. Ele conta que ficou sabendo que o país iria receber até cinco mil sírios, por meio de um acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU). Já decolou na capital, em Brasília, mas depois de quatro meses teve que ir para a cidade maravilhosa, Rio de Janeiro, pois não conseguia um emprego na cidade. Lá trabalhou em um restaurante sírio no interior e depois retornou a Brasília que está há três anos. Tinha dinheiro para sobreviver por até cinco meses sem emprego.

Como qualquer brasileiro em um país em que não sabe falar a língua, não conhece muito os costumes da região, assim não foi fácil para Ahmed All ao chegar no Brasil. Apesar de ter estudado o povo e os costumes, ele não sabia falar a língua portuguesa, mas aprendera o inglês, turco e árabe. Começou a trabalhar como técnico de manutenção em uma empresa de ônibus na capital federal onde está até hoje. Recentemente conseguiu revalidar o diploma de engenharia elétrica, que graduou em Damasco (capital política, enquanto Alepo é capital econômica), capital da qual se mudou com sua família com apenas um ano, porque nasceu na cidade de Daraa.

Considera o Brasil um país livre e de pessoas simpáticas. Com dez meses aqui já tinha casado com uma brasileira que tem uma filha de dois anos. Com isso, seu pedido de naturalização se iniciou.

Tem saudade de algumas coisas da terra como a música “eu canto sozinho no ônibus, quando está fazendo barulho e ninguém está ouvindo, canto a música de lá”. Também sente falta da comida “quando a saudade bate de um prato de lá eu faço, pesquiso na internet, pergunto para minha mãe” e o tradicional arroz com feijão do Brasil é o prato tradicional de lá, um pouco diferente “só não o feijão carioca, é feijão branco batido com tomate”, conclui o sírio.

 Uma história um pouco diferente dos outros sírios no Brasil, Ahmed não saiu do país por conta das bombas e ataques resultantes da guerra civil. Ele saiu de lá para não servir o exército. Lá as pessoas estão refugiadas dentro do próprio país, saindo de cidade para cidade por conta dos bombardeios. “Tem seis milhões de refugiados dentro da Síria”. O exército de lá exigia que o serviço fosse de até dois anos. Isso quando não tinha iniciado a guerra. Hoje quem entra fica por tempo ilimitado, até acabar a guerra, não sabendo se voltará vivo para a família.

 Na Síria a população poderia criticar alguns níveis do governo, até o primeiro ministro estava tudo bem, até fez uma brincadeira com a ditadura desde 1970 “estamos tentando imitar a Coréia do Norte”.

 Lá eles também têm uma paixão em comum com os brasileiros: o futebol. A seleção Síria enfrentou o Brasil duas vezes. “Imagina quem ganhou?!” As famílias são gigantes, pode chegar até cinco mil pessoas de um sobrenome só. Ahmed All é de uma família grande. Filho de pais xiita e sunita, com 8 irmãos. Tem duas irmãs que trabalham e que estão terminando o mestrado em suas áreas. Perdeu amigos e parentes distantes em bombardeios mesmo os que estavam do lado do ditador e do lado contrário também. A guerra está acabando, mas mesmo assim não tem como ele voltar para a Síria, pois sua situação não está legalizada com o Ministério da Defesa para desculpar-se para não ir para o exército. “Eu não vou servir na guerra, jogando bomba que não sei onde vai cair em pessoas inocentes”.

COMUNICAÇÃO E SAÚDE É TEMA NO EDUCANVISA

21 de dezembro de 2016

Assessores da Fiocruz Brasília participaram do evento que reuniu profissionais da educação e da saúde de três regiões brasileiras


Os jornalistas da Assessoria de Comunicação da Fiocruz Brasília Wagner Vasconcelos e Mariella de Oliveira-Costa apresentaram o tema “Comunicação e Promoção da Saúde”, durante o seminário Encontro Educação & Saúde: a dose certa para uma vida saudável, na terça-feira, 13 de dezembro.

Promovido pelo projeto Educanvisa, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, do Ministério da Saúde, o evento foi espaço para apresentação de atividades promovidas em escolas nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil. Os projetos sobre a vigilância sanitária desenvolvidos com alunos dos ensinos fundamentais I e II abordavam o uso racional de medicamentos, dicas de higiene, alimentação saudável e a promoção da saúde, entre outros.

Vasconcelos começou a exposição com a pergunta: “O que é comunicação?” Ele enfatizou as diferenças entre informação e comunicação, e que “não se promove a saúde sem a comunicação”. Em seguida, Mariella apresentou os modelos de comunicação e problematizou a sociedade da informação, onde todos são emissores e receptores o que faz com que haja informações sobre saúde nem sempre qualificadas na internet por exemplo. A dupla organizou os 140 participantes em grupos de até de cinco pessoas, e cada grupo fez uma mensagem para um público-alvo diferente, entre eles idosos, crianças, universitários e donas de casa. Ao final, as apresentações foram comentadas pelas professoras da Universidade de Brasília Clélia Maria de Sousa Ferreira Parreira e Júlia Sursis Nobre Ferro Bucher-Maluschke.

A coordenadora de Fortalecimento do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária Cláudia Passos Guimarães Rabelo acredita que os representantes da Ascom da Fiocruz Brasília trouxeram informações importantes para os professores. “Espero que as pessoas possam se apropriar sobre o conhecimento da comunicação e saúde para desenvolver novos trabalhos”, afirmou.

O Educanvisa prepara profissionais da educação da rede pública para disseminar conceitos de saúde que tenham relação direta com o trabalho da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, como a prevenção de riscos associados ao consumo de alimentos industrializados e de medicamentos.

DADOS ABERTOS E GOVERNANÇA DIGITAL SÃO TEMAS DE DISCUSSÃO DO II SIMPÓSIO INTERNACIONAL

17 de novembro de 2016

Os desafios do marco civil da internet e sua regulação, a democracia participativa digital, e a participação cidadã no orçamento e gestão das políticas públicas foram alguns dos temas tratados durante o 2º Simpósio Internacional Inovação e Governança Digital, realizado nos dias 10 e 11 de novembro na Fiocruz Brasília.
O evento considerou não só aspectos técnicos das inovações, mas também questões sócio-políticas, considerando as possibilidades para o desenvolvimento de um Estado mais transparente e acessível ao cidadão. 
A professora da Universidade de Brasília  Magda de Lima falou sobre como os dispositivos digitais mudam a sociedade. “Precisamos falar sobre como a tecnologia nos aproxima e possibilita que pessoas distantes se mobilizem juntas por uma causa!”, afirmou. Exemplo disso foi o relato da estudante do curso de Gestão em Políticas Públicas da UnB Isabella Nascimento, que  apresentou a mobilização para ocupação de vários espaços da universidade, nas últimas semanas,  articulada graças aos meios digitais. 
O médico epidemiologista Maurício Barreto apresentou o Centro de Integração de Dados e Conhecimento para Saúde – CIDACS, programa  de estudos e pesquisas interdisciplinares, que desenvolve novas metodologias científicas e promove capacitação profissional, com integração de grandes bases de dados (big data) e de conhecimentos.         O CIDACS desenvolve o cadastro único que permitirá estudos sobre políticas públicas como o Bolsa Família,  entre outras.  “Para explorar essa base de dados, a rede de pesquisadores precisa ser gerenciada por meio de infraestrutura tecnológica,” disse o vice-presidente da Fiocruz Brasília Wagner Martins. O lançamento do CIDACS será realizado no dia 7 de dezembro, em Salvador, pela Universidade Federal da Bahia e com apoio da Fiocruz.
No Colaboratório de Ciência, Tecnologia e Sociedade, da Fiocruz Brasília, se buscam metodologias para atuar na sociedade de rede produzindo ações de governança democrática, pesquisas mais aplicadas e é a gestão das informações que possibilitam essa conexão.  Uma das suas criações é a plataforma Ágora, espaço virtual para atividades cooperativas na área de Ciência, Tecnologia e Sociedade, em prol das políticas públicas da saúde que vai organizar  virtualmente o processo de produção científica. “Se mantivermos os dados coletados sobre saúde guardados ou empregarmos apenas em uma pesquisa, não vai se conseguir fazer uma gestão estratégica dessas informações, de maneira, comunicativa e que tenha a transparência, onde o poder popular possa ser exercido. Daí a importância da plataforma Ágora, na gestão destas informações", afirmou Martins.
O Simpósio tratou também sobre a utilização das plataformas de acesso direito às informações do governo e sobre a participação dos indivíduos na interação e na tomada de decisão sobre as políticas públicas, processo conhecido como governança digital. Esse elemento é importante para mobilizar a sociedade e discutir quais as prioridades das políticas públicas, mapeando e articulando institucionalmente as ações dentro de um território e  formando as pessoas para que saibam utilizar as informações.
A Fiocruz Brasília sediou o primeiro e segundo simpósio e pode sediar o próximo. “A instituição vem se desenvolvendo na área de inteligência cooperativa e o termo governança e tecnologia são importantes no nosso cotidiano de trabalho”, finalizou Martins.

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HORTA NO JARDIM DA FIOCRUZ BRASÍLIA

25 de outubro de 2016

Jardim comestível, nome escolhido para a horta que está localizada na frente da Escola Fiocruz de Governo da Fiocruz Brasília. A ideia surgiu durante a Semana de Ciência e Tecnologia, na qual a instituição participou exibindo o labirinto “Aventura alimentar”. As crianças que visitaram o estande tiveram a oportunidade de levar muda de alface para plantar em suas casas, visando a alimentação saudável desde cedo.

A horta foi uma iniciativa do Palin e Pecs, visando a alimentação saudável dos funcionários da instituição e também os interessados, como os alunos da EFG. O trabalho é colaborativo, todos que queiram colher, também devem trazer mudas e sementes para a plantação. A ideia é que tenha reuniões semanais para a discussão de novas ideias.


Denise Oliveira, coordenadora do Palin, explica que o espírito de reconhecimento interno e externo é fundamental, e traz a possibilidade de alimentação saudável para os envolvidos. Ela ressalta que é preciso que todos cuidem, desde regar até plantar, espaço onde todos cuidem.

Igor Lago Garibé, coagricultor da Horta Orgânica Girassol, localizada em São Sebastião, trouxe mudas de pimenta-vermelha, tamboril, milhos raros (preto, nirá, roxo, milho crioulo) e outras. As escolhidas e já plantadas foram a alface roxa, acelga, feijão de porco, abóbora e café.

O terreno foi preparado da seguinte forma: depois de capinar o círculo, foi colocado o adubo, seguido de folhas secas que servem para proteger o solo úmido, e por último o substrato para plantas. Começando por fora, o feijão de porco foi plantado, na frente a alface roxa, a selva, no meio um coquetel de sementes com café, abóbora, e o milho entre a acelga e a alface roxa.

Crianças e servidores colocaram a mão na massa na hora da plantação das mudas e sementes. Ao plantar, a pequena Ana Beatriz de cinco anos, filha da Helenice Caetano, da Escola Fiocruz de Governo, mostrou que a preocupação com o meio ambiente começa desde cedo. Ela lembrou que já tinha plantado feijão e também tentou plantar uma árvore com o galho da planta. Participaram também Lucas e Júlia, filhos do coordenador da CPP, André Guerrero e Luis Guilherme, filho da colaboradora da UNA-SUS Graça Damasceno.

REVISTA TRAÇOS É LANÇADA NA FIOCRUZ BRASÍLIA

31 de agosto de 2016

Um movimento de abrir a instituição e fazê-la dialogar com seus parceiros e a população. Em resumo, foi assim que a diretora da Escola Fiocruz de Governo, Fabiana Damásio, explicou a realização do Café com Broas Ideias, aberto para o público externo pela primeira vez e realizado em parceria com a revista Traços.
O Café com Broas Ideias & EnconTraços é, por assim dizer, um primeiro produto do Mestrado Profissional em Políticas Públicas da Fiocruz Brasília. Nasceu das discussões em torno da proposta de dissertação do aluno Marcelo Pedra com seus orientadores. Para Marcelo, que atuou no Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde, é a oportunidade de estabelecer debates e oportunizar aproximação entre serviço e Escola.      Na Roda de Conversa foi lançado o número de agosto da Revista Traços.  Já no décimo número, a revista tem a proposta de apoiar a reinserção social da população de rua. Após treinamento eles tornam-se Porta-vozes da Cultura e vendem a publicação em espaços de Brasília. Cada exemplar custa R$5,00, destes R$4,00 são destinados ao porta-voz e com os R$1,00 restantes, ele compra outro exemplar para vender.
Davi Silva Santos, 37 anos, morador de Brasília é um porta voz. Ele foi apresentado à proposta da revista Traços no Centro de Referência Especializado para a População em Situação de Rua- Centro POP. Passou por um mês de treinamento em oficinas para torna-se um porta-voz. Ele conta da importância de sair da invisibilidade. “Este trabalho nos faz ser vistos, nos ajuda a ser, conhecer, dar valor e envolver com o trabalho de outros artistas”, diz Davi.

POSSÍVEL REFORMA DA PREVIDÊNCIA MUDARÁ APOSENTADORIA DOS JOVENS

2016

Por Mariana Lima

A Reforma da Previdência, a PEC 287/2016 está em debate por conta da população que está envelhecendo e que na frente será maior que o número de trabalhadores. Em comissão especial na Câmara, a reforma já foi votada precisando agora passar pelo Congresso. Representantes de ministérios alegam que ela precisa ser aprovada ainda este ano e que se não acontecer durante o governo do presidente Michel Temer, será uma das primeiras tarefas do governo que entrará em 2019.

Por que da reforma?

“Porque hoje o regime está insustentável”, afirmou o economista Marcelo Estrela. Se a reforma não for aprovada, haverá um grande problema por conta da aprovação do Teto de Gastos. “Hoje você tem um limite de gasto público e esse limite vai ser atingido em breve. Se você não resolver o problema da previdência ela vai consumir todo esse limite, não vai sobrar dinheiro para a saúde e educação” disse o também coordenador do curso de economia da Universidade Católica de Brasília.

Marcelo Estrela explica que a população jovem do Brasil tem diminuído. Antigamente as famílias tinham mais filhos que entravam no mercado de trabalho e iam sustentando a previdência, só que ela se tornou deficitária desde 1996 e só tende a aumentar. Há estudos que antes precisava-se de poucos trabalhadores para contribuir com os aposentados. O déficit hoje está em torno de 400 bilhões de reais. Sem a reforma, haverá um problema de equilíbrio. Os gastos com a previdência se tornam muito altos e eles acabam impactando o que o governo deixa de captar recursos que poderiam entrar para a educação superior, básica ou mesmo para fomentar a economia com investimentos, gerando empregos para os jovens. “Se não resolvermos os problemas da previdência hoje, que afetará amanhã, teremos que pagar mais impostos no futuro e retirando o emprego dos jovens no futuro para arcar o déficit da previdência que é só crescente”, falou o auditor federal de finanças e controles do Ministério da Fazenda. Essas mudanças são para dar sustentabilidade para a previdência pública do governo hoje.


Os jovens falam

O estudante de 23 anos do sexto semestre de Psicologia do Centro Universitário UniCeub, Arthur Cruz, trabalhou por um ano de porteiro com carteira assinada. Ele acredita que a Reforma da Previdência o prejudicará na aposentadoria caso ele trabalhe em regime da CLT. Se ele for concursado, acha que será menos prejudicial, mas se for psicólogo que alguma clínica não será terá problemas, pois é um emprego autônomo que poderá ter outras garantias no futuro, como uma poupança ou tesouro nacional.

O tempo de contribuição incomoda o rapaz mesmo sabendo que em alguns países o tempo é maior. Mais não é só ele que está insatisfeito com e reforma.

O estudante do quarto semestre de Matemática da Universidade de Brasília, de 20 anos, Marvin Faustino, conta que com a reforma terá diversas mudanças que não beneficiará de nenhuma forma o trabalhador como o caso do prazo para se aposentar que se estenderá.

Já a estudante de 25 anos do oitavo semestre de Enfermagem do Centro Universitário Unieuro, Haida Kênia de Jesus, não considera a reforma como inconstitucional, “a reforma tem caráter contributivo e para o sistema econômico brasileiro não entrar em colapso foi alterando a regra da previdência  por meio dessa proposta de emenda”, conclui Haida que também trabalha como folguista em um supermercado de Planaltina. Ela pretende ter uma renda extra, “infelizmente a aposentadoria não nos permite ter o estilo e qualidade de vida que precisamos ao depararmos com o alto custo de vida”, finaliza a estudante.

Rodrigo Serqueira de 22 anos trabalha há três anos como agente de aeroporto no Aeroporto Internacional de Brasília. Ele acredita trabalhar tempo suficiente para ganhar aposentadoria integral, a menos para ter de volta o que pagou para a previdência, para que não fique em vão. Mas ele não descarta a soma de uma previdência privada.

Ele pensa em ter uma segunda renda para somar com a da aposentadoria porque “mesmo assim ainda é uma forma segura de se ter uma aposentadoria”, conclui o agente de aeroporto.


Aposentadoria

A aposentadoria dos brasileiros ocorrerá por meio da regra de transição. Consiste em aumentar, a partir de 2020, a idade mínima da aposentadoria a cada dois anos, sendo que no final, o homem aposenta a partir dos 65 e a mulher a partir dos 62 anos. Considerando que tem que contribuir com no mínimo 25 anos para receber 70% da aposentadoria. Essa regra vale para o trabalhador comum, lembrando que os professores, policiais, trabalhadores rurais, políticos entre outros, cada categoria terá um regime diferente.

Para os políticos com mandato, deverão cumprir 35 anos de contribuição e terem 60 anos de idade, assim como os professores que poderão se aposentar com 60 anos de idade. Os policiais poderão aposentar com 55 anos de idade, já que é uma profissão de risco.

Segundo o advogado previdenciário Noa Piatã para que os trabalhadores aposentem ganhando 100% do salário terão que trabalhar formalmente os 49 anos torcendo para que a base de cálculo da aposentadoria não mude.

Marcelo Estrela destaca que a regra de transição existe para que não prejudique as pessoas que estão próximas a aposentar. Mas o advogado previdenciário Noa Piatã contradiz, “elas servem para tornar as pessoas imediatamente interessadas no tema (quem está para se aposentar) menos resistentes, garantindo maiores prejuízos para as pessoas menos envolvidas e interessadas, ou seja, os jovens”, conta o advogado.

O advogado, Noa Piatã, manifesta sua opinião sobre o impacto na vida dos jovens com a reforma da previdência. Para grande parte da população não será possível poupar adequada e regularmente para a Previdência Privada. Não é por acaso que, hoje, as contribuições previdenciárias são obrigatórias e recolhidas na fonte pelos empregadores. Isso garante a previsibilidade da arrecadação e do pagamento de benefícios.

Sobre a reforma ser inconstitucional ou não ele comenta “a Reforma Previdenciária esvazia as ideias de direitos fundamentais à previdência social. A reforma ser ou não constitucional depende do desenrolar da história, mas colide sim com os propósitos constitucionais de 1988, entendendo-os como diretrizes políticas do amadurecimento, se isso for possível, da necessária dinâmica entre economia e sociedade no Brasil”, considera o Especialista em Direito e Processo Previdenciário.

O advogado deixa um recado para os jovens “envolvam-se politicamente, para retomar o Poder Legislativo e reconstruir a Previdência Básica Pública. A Previdência Privada não tem aptidão para substituí-la, e não será aproveitada pela maioria das pessoas, em função dos índices socioeconômicos de capacidade contributiva voluntária. Ou os salários cairão ou outras despesas serão prioritárias no orçamento doméstico dos trabalhadores assalariados. Para quem pode poupar, a Previdência Privada - que já é e deve continuar sendo complementar - já é uma realidade. Mas uma realidade seletiva, precisamos reconhecer isso.”

Por conta segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, a reforma ainda não foi votada pelo Congresso.

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QUANDO A SAÚDE VIRA CASO DE POLÍCIA: A COBERTURA CORREIO BRAZILIENSE SOBRE A OPERAÇÃO MISTER HYDE

2016

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ESTUDANTES NÃO ACEITAM EMENDA À CONSTITUIÇÃO E PROTESTAM

2016

​​Estudantes mostram a cara contra a PEC 55 
 
Por Mariana Lima 
A PEC 55/2016 (antiga PEC 241) é uma emenda à Constituição nº55 de 2016 que limita os gastos com despesas dos Poderes Executivo, Judiciário, Legislativo, do Ministério Público da União e da Defensoria Pública da União e consequentemente mudará os custos com saúde e educação do país. Desde outubro está causando manifestações daqueles que não concordam como estudantes que ocupam universidades com o propósito de tentar derrubar a ideia da implantação, pois creditam ser um regresso na educação e saúde do Brasil. No site do Senado é disponibilizado a consulta pública da PEC, opinião dos interessados no assunto. Até o dia 20 de novembro a votação contra e a favor era de:  
Infográfico. Crédito Mariana Lima 
 
IFB Brasília Cartazes pregados nos vidros com palavras de ordem, caixotes com alimentos, barracas e colchões espalhados pelo chão, é o que se vê ao entrar no Instituto Federal de Brasília- IFB na 610 
Norte. Manifestantes contra a PEC 55 acampam como forma de protesto.  Maria Silva, Joana Pereira e Bruna Santos*** estão no IFB que desde 20 de outubro está ocupada, elas alegam que querem demonstrar que estão sabendo da medida provisória mostrando que não aceitam. A ideia de ocupação dos Institutos do DF começou pelo campus Samambaia e  consiste em um movimento nacional para colocar força no mesmo e ser a favor do país. O objetivo dos estudantes é tirar da PEC a educação e saúde “mas se não conseguirmos isso tudo o foco é mostrar que não está tudo bem e que a gente está aqui e vamos incomodar até as coisas não mudarem”, afirma Maria.  
Foto IFB Brasília. Crédito Mariana Lima Os alunos temem de o Senado aprovar a emenda à Constituição, mas, 

 
além disso, querem que as pessoas, servidores, alunos se conscientizem do que está acontecendo na política do país porque geralmente não se conhece o que está sendo votado. O dia-a-dia no compus resume em assembleias que podem ser relacionadas à ocupação como estudantes que estão ocupando a reitoria, e é decidido se continuarão a ocupação.  Mas não é só contra a PEC 55 que estão pronunciando, também não concordam com a MP 746 medida provisória para reformar o ensino médio e Escola Sem Partido que o professor não poder discutir entre alunos alguns assuntos relacionados ao governo, “doutrinar é passar um conhecimento que o professor se expresse livremente, então não faz sentido ele ficar falando porque hoje em dia a gente tem internet ,várias coisas que uma pessoa pode ir lá e ler, então para que um professor se ele não vai passar de uma forma critica?” finaliza Joana. 
 
***Nomes fictícios  
 
UnB 
Foto disponibilizada por estudantes da UnB 
O estudante de Letras- Japonês da Universidade de Brasília conta que aparentemente a PEC despreza os cidadãos do país deixando que as pessoas com menor renda se sacrifiquem pela corrupção dos governantes, já que todos os serviços públicos seriam afetados negativamente em longo prazo.  A PEC não foi levada a um debate público, convidando especialistas de cada área para opinar sobre a mesma, “se a PEC for realmente aprovada, sem nenhuma alteração, prevejo uma espécie de oligarquia” afirma o estudante. 
 Ele acredita que a emenda à Constituição pode influenciar na vida dos alunos e professores se o teto dos gastos for alcançado ou ultrapassado inúmeros programas e pesquisas voltadas para a educação congelará e professores serão impedidos de ter aumento salarial. Declara que a reforma do ensino médio não dará certo por seis meses ser pouco tempo, pois exige tempo de estudo e debates com sociedade e especialistas na área e que a atual estrutura das escolas não comportaria o ensino integral de maneira nenhuma. “Para mim essa é apenas mais uma proposta para que o atual governo demonstre “serviço” à sociedade, sendo que está fazendo um desserviço”, disse. 
Ele apoia as manifestações, mas com ressalvas, pois é uma das poucas maneiras de pressionar os governantes que mesmo assim não demonstram estarem observando as demandas da sociedade.  
 

 
Por Izabella Macêdo 
Alguns alunos da Universidade de Brasília resolveram ocuparam a Reitoria do campus Darcy Ribeiro, (ICC) Instituto Central de Ciências norte, a (FD) Faculdade de Direito, (BSAS) e (BSAN) Blocos de salas de aula sul e norte, como forma de manifestação, contra a proposta de emenda à constituição. Entrevistamos a aluna Bianca Costa* do 6º semestre de Relações Internacionais para entender o por que da ocupação. 
Foto UnB cedida para a grande reportagem. Segundo a estudante é realmente necessário pensar em uma mudança na grade curricular do ensino médio, mas não como vem sendo proposta. As aulas de ciências humanas são sempre as mais prejudicadas por vários fatores, além do que também são matérias que ajudam a compreender pelo menos um pouco de como é a realidade. Se observarmos ao redor, existem pessoas que acreditam que não existe racismo no Brasil mesmo com o contexto histórico do país, há também quem confunda comunismo com feminismo.  
Mesmo ciente do incômodo que as manifestações causam, Bianca defende a importância de se manifestar e o entendimento dos integrantes do 
movimento ao causarem transtorno na vida de quem necessita das escolas, mas que a mudança só será possível causando perturbação, pois nem todos concordam com o ato da reivindicação.  
*Nome fictício 
 
 
UBES 
 
Por Mariana Lima 
 
A diretora de Assistência Estudantil da União Brasileira de Estudantes Secundaristas- UBES, Karina Ferreira Holanda respondeu às perguntas para a Revista Inovação. 
 
Por que a UBES é contra a PEC 55? Caso aprovada a proposta irá prejudicar campos fundamentais, como educação e saúde isso porque as verbas destinadas à manutenção dos serviços públicos deverão ser congeladas pelas próximas duas décadas. Trata-se de uma clara ameaça aos direitos sociais da população, conquistados ao longo dos anos, com muita luta nas ruas de todo Brasil. O ensino público será uma das áreas mais atingidas, já que as verbas destinadas à infraestrutura e ao bom funcionamento das escolas serão drasticamente reduzidas. Se atualmente estudantes já sofrem com a precária infraestrutura das escolas públicas e a desvalorização dos professores, num quadro de cortes e redução de verbas, a situação será ainda pior. Com colégios 

 
funcionando por mais tempo, mais recursos serão necessários para bancar, por exemplo, a merenda das crianças nas escolas, mas afinal, de onde virão esses recursos? Se pelos próximos 20 anos Temer congelará a quantia reservada à educação, quem irá bancar a reforma do ensino médio imposta pelo governo? 
O que o movimento estudantil está fazendo contra a PEC? 
O movimento estudantil tem ocupado escolas na forma de demonstrar a insatisfação com as medidas que o governo golpista tem tomado. 
 
Palavra de pedagoga  
Por Elles Roxele 
Entrevista com a pedagoga Edilene Corrêa Sampaio do Centro Educacional São Francisco, localizado em São Sebastião DF  
Como a PEC irá afetar no Plano Nacional de Educação? 
Pode ocorrer duas mudanças até o fim do ano que vem, a primeira é a definição da Base Nacional Comum Curricular, que pode definir o que cada estudante irá aprender de acordo com o seu nível escolar. A segunda mudança irá afetar o Ensino Médio excluindo matérias essenciais para o avanço intelectual e desenvolvimento do senso crítico dos estudantes, como a Sociologia e a Filosofia que agregam um vasto conhecimento ao educando. 
O que ocorre com a Educação se a PEC não for aprovada? Acredito que irá permanecer na situação atual, levando em consideração a gravidade da crise econômica que estamos enfrentando, a educação no Brasil nunca foi exemplar, vivemos em situações extremas onde podemos encontrar estados com condições razoavelmente aceitas para poder desenvolver um plano educacional de qualidade e diversos casos caóticos distribuídos em todo o país Você imagina outra forma de protesto com a mesma repercussão e visibilidade? Acredito que uma organização dos estudantes tendo um conhecimento prévio do que está acontecendo no nosso país seria o primeiro passo, a atitude das ocupações surgiu de uma pequena parte dos estudantes, levando em consideração o grande poder que os jovens e adolescentes tem tantos nas redes sociais quanto na vida real. Basta lembrar de uns tempos atrás, quando unimos várias pessoas com o mesmo objetivo, fazemos cartazes, e vestimos a camisa do Brasil em busca de um país melhor e do crescente desenvolvimento, conseguimos até tirar a pessoa com maior poder no Brasil. 
 
O outro lado 
Por Andreza Nunes 
Entrevista com o administrador do grupo fechado do Facebook “Sou a favor da PEC 241”, Bruno Luiz Ferreira. 
Bruno (27) mora em Trindade município ao leste de Goiás, e diz ser a 

 
favor da PEC 55 porque acha que ela irá trazer estabilidade e confiabilidade ao Brasil. Também afirma que não vê um possível retrocesso caso ela seja aprovada “Por exemplo, se em 2018, 24% da verba que é destinada para a educação for usada, em 2019 serão usados os mesmos 24%, já que vai haver o congelamento do que foi usado do ano base, mais a correção da inflação”. 
Já sobre as manifestações que estão acontecendo em todo o país, ele se limita a dizer que seu pensamento sobre isso é extremo, mas que uma foto compartilhada por ele no grupo do Facebook onde diz que “ocupar escolas e usá-la no protesto, impedindo que milhões de jovens estudem, é o mesmo que invadir hospitais impedindo cirurgias e atendimentos para cobrar a melhoria da saúde” define bem o que ele pensa a respeito. 
Cortar gastos no Brasil, colocando principalmente saúde e educação neste meio, vem deixando os cidadãos preocupados: Será mesmo para a melhora do país? E os grandes salários políticos não entram no corte?  
Bruno disse ser um absurdo que os políticos tenham poder de aumentar o próprio salário, e que deveriam ter medidas que barrassem esses salários exorbitantes. “Eles deveriam agir como funcionários públicos, que é isso que eles são. Eles trabalham para o povo”. 
Sobre existir outras maneiras de diminuir gastos, e consequentemente a melhora da economia do país, concorda que existam outras possibilidades, mas vê a 
PEC como medida para um maior controle das finanças, além de que pode acabar com cargos fictícios, funcionários fantasmas e entre outras coisas que faria com que o dinheiro não fosse gasto à toa. 
Ensino médio  
Por Arianne Nunes 
Em uma conversa com a estudante do Centro de Ensino Médio Elefante Branco- CEMEB, posicionou sobre seu a PEC 55 e a ocupação de sua escola.  
A estudante de 17 anos, moradora de São Sebastião, Distrito Federal, aluna do CEMEB está preocupação com o projeto da PEC 241. Para ela a educação e a saúde são direitos fundamentais para um cidadão que compõem a base de uma sociedade e observa esses direitos ficarem cada dia mais escassos.  
Prestes a concluir o segundo ano do segundo grau, ela ver seu bimestre escolar sendo prejudicado por consequências da PEC 241. Disse que como a escola em que estuda foi ocupada suas aulas foram interrompidas, alguns professores se afastaram das salas de aulas e o conteúdo está atrasado.  
É totalmente contra que o projeto de corte dos gastos públicos seja aplicados logo na área da educação, apoia que haja cobranças da população para que isso não vá pra frente, mas não é de acordo com as ocupações das escolas. Segundo a estudante isso prejudicou muito os alunos dos colégios e universidades ocupadas, as programações tiveram que ser 

 
interrompidas e isso afeta as outras áreas da vida da pessoa. 
A estudante falou que tem receio de que os alunos que não apoiam as ocupações sofram represália por parte daqueles que estão à frente das ocupações e que inclusive representantes de entidades como, por exemplo, a UNE- União Nacional dos Estudantes que ficam direto na porta da escola abordando os alunos para explicar sobre a PEC e sobre a importância de não se calar. Ela enxerga isso como incentivo para que as ocupações continuem. 
Segundo a estudante os gastos que o governo terá por conta do cancelamento do ENEM- Exame Nacional do Ensino Médio nas escolas onde seriam aplicadas as provas,  mas tiveram que ser remarcadas. Avaliou que não haveria necessidade disso se os manifestantes tivessem colaborado, até porque as pessoas tinham se preparado para aquele final se semana e tiveram que aceitar a remarcação como se fosse algo normal. Ela não acredita que desta forma os ocupantes mudem o pensamento dos parlamentares, pois eles nos provam a cada dia que não se preocupam com população na hora das suas decisões, mas ela torce para que os políticos entendam e vejam que os cortes dos gastos públicos devem ser feitos de outra forma, aceitar que existe uma má organização de uso do dinheiro público.  
 
 
 
Vídeo explicativo 
Por Karyna Santos 
 
Vídeo explicativo sobre a PEC 55 com entrevistas, disponível no link https://www.youtube.com/watch?v=Mxbo bhB-GHI&feature=youtu.be

Portfólio: Trabalhos
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